Faça um consumo muito moderado de carne e lacticínios
Na Dieta Mediterrânica o consumo de carne é muito moderado.
Recomenda-se a diminuição da frequência de consumo de carnes vermelhas (vaca, porco, borrego) a, no máximo, 2x/semana e a limitação do consumo de carnes processadas (enchidos, hambúrgueres, salsichas) a menos de 1x/semana.
Recomenda-se ainda um consumo mais frequente mas modesto de carnes aves (frango, peru), coelho e ovos. Este grupo de alimentos fornecem proteínas de elevado valor biológico, com menores teores de gordura saturada quando comparados às carnes vermelhas e processadas.
O consumo de lacticínios deve ser modesto, cerca de duas porções diárias, e sobretudo de queijo, idealmente queijos mais brancos (queijo fresco, requeijão) e o iogurte não adoçado, limitando as sobremesas lácteas (gelados, pudins flan) ao ocasional.
Consumo frequente de pescado
Em Portugal, a Dieta Mediterrânica carateriza-se por maior frequência de consumo de pescado. É recomendado o consumo mais frequente de pescado face ao consumo de carne, de pelo menos duas vezes por semana. O consumo de pescado é veículo de consumo de ácidos gordos polinsaturados ómega-3, protetores do sistema cardiovascular e promotores de boa função cognitiva.
Todavia, apesar de existirem recomendações mínimas de frequência de consumo de pescado, é recomendado um consumo modesto, em quantidade adequada.
Prefira alimentos locais e de época
A dieta Mediterrânica é adaptativa ao clima e à época, o que permite utilizar os ingredientes frescos, sazonais e locais. Assim, promove a diversidade alimentar, a valorização dos produtos locais e a manutenção da biodiversidade.
Estes alimentos são mais nutritivos, menos dispendiosos e têm menor pegada ecológica.
Privilegie os métodos culinários saudáveis:
A gastronomia do Mediterrânico é simples e tem por base os preparados aquosos como as sopas, as caldeiradas, jardineiras, os cozidos e os estufados, que preservam as qualidades nutricionais dos alimentos. Usam-se como condimentos a cebola, o alho e as ervas aromáticas.
O azeite é utilizado como principal gordura para cozinhar e temperar. Esta gordura vegetal é rica em compostos antioxidantes e é, por isso, relativamente estável a temperaturas elevadas. Todavia, o azeite deve ser consumido com moderação, devido ao seu elevado valor energético e, sempre que posível, cozinhado a temperaturas baixas para aproveitamento da sua riqueza nutricional.
Faça da água a sua bebida de eleição
A água é o grupo central da Roda dos Alimentos Mediterrânica, é considerado um alimento de grande importância para a manutenção de saúde, fundamental para o bom funcionamento renal e trânsito intestinal. É ainda a bebida com menor impacto ambiental, particularmente a água de rede pública. Como alternativa poderá recorrer às infusões de ervas ou de frutos ou águas aromatizadas caseiras.
Se é adulto e bebe vinho, faça-o com moderação e, idealmente, à refeição (1 copo pequeno, por dia, para as mulheres e 2 copos pequenos, por dia para os homens). Se é mulher e está grávida ou a amamentar não beba.
Use e abuse das ervas aromáticas
As ervas aromáticas eram abundantes na zona do Mediterrânico e foram sempre utilizadas na sua culinária. Estas plantas podem ser utilizadas em saladas, sopas, marinadas, em prato de carne ou de pescado, entre outros.
Sempre que possível, quando adicionadas em pratos confecionados, devem ser colocadas no final da cozedura. Apesar de serem, geralmente, consumidas em quantidades vestigiais, conferem um excelente teor de antioxidantes aos cozinhados, compostos que combatem o envelhecimento celular.
Merecem o destaque nos nossos pratos, especialmente numa perspetiva de redução de adição de sal e preservação do sabor.